sábado, 2 de janeiro de 2010

Sexto Capitulo

O NOIVADO DE ELIAS

Zé Sapateiro fez a vontade a Carrapita (praticando um coito não interrompido), porém exigiu-lhe uma contrapartida: Se Carrapita conseguisse levar Elias ao altar com o pretexto da gravidez, teria de ser sua amante até ao resto dos seus dias.
Carrapita selou este pacto até com agrado, no fundo Zé Sapateiro era homem de quem gostava, mas os seus sentimentos não iriam pôr em causa o seu projecto de vida. Carrapita nascera para o estrelato! Os tamancos de Zé Sapateiro não tinham altura para os seus voos.
Entretanto Elias não valorizou a ameaça de Carrapita e marcou a data de casório com Sandrina num ápice.
Carrapita entretanto desaparecera de circulação. Aguardava a confirmação da gravidez para o escarrapachar nas fuças de Elias.
Elias tentou saber dela, por um lado temeroso, por outro saudoso. Mas não havia sinais de Carrapita. Foi um ar que se lhe deu.
Entretanto o noivado com Sandrina transformara-se numa espécie de Carnaval com a convivência entre as duas famílias. Todos os Domingos, ao invés de Carrapita, Elias tinha Mariscada em Casa dos Pais ou Mariscada em casa de sogros. Havia uma espécie de competição entre as duas famílias que tinha transformado aquele noivado no Festival de Marisco. Iam marcando a sua supremacia pelos tamanhos da lagosta. Mas todos andavam satisfeitos com a ideia de fanarem dinheiro uns aos outros.
Entretanto Sandrina, apesar de ser um poço de virtudes, manifestava-se aos olhos de Elias com algumas imperfeições. Tinha um hálito ocre. Vestia-se de uma forma asseada, mas pouco vistosa. Emanava um certo cheiro a bafio (proveniente talvez da proximidade com
diaos relicários). Nas intimidades fazia-se muito pudica. As suas conversas com Elias centravam-se muito na nutrição dos Bovinos e dos Suínos. Mas, para além das saudades das maroteiras e gargalhadas de Carrapita, Elias andava circunspecto com um acontecimento traumático que tivera com Sandrina. Certo após, o término das aulas de ambos, Elias levou Sandrina para um jardim perto da faculdade. Andava com os calores e começou a apertar Sandrina com Veemência. Sandrina entusiasmou-se e, de repente, de entre as pernas de Sandrina, que se ia fazendo rogada, saiu uma bola de naftalina. Elias ficou estático e olhou para Sandrina com ar interrogador. Sandrina, muito roborizada, disse: “ A minha mãe diz-me para eu introduzir a Naftalina por causa das infecções e da Traça”.
Elias ficou esquálido. Perdeu o entusiasmo sexual por uns largos dias.

Próximo Semana: ELIAS CASA! COM QUEM?

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