sábado, 2 de janeiro de 2010

Setimo Capitulo

ELIAS CASA! COM QUEM?

Após inúmeros coitos não interrompidos com Zé sapateiro, Carrapita conseguiu finalmente o teste de gravidez positivo. O esforço físico foi mais que muito. Pois era urgente engravidar em tempo útil, não fosse o Elias ser bom a fazer contas e, perceber, que tinha sido aldrabado. (de qualquer das formas a criança iria inevitavelmente nascer antes do tempo).
Havia um mês que Carrapita desaparecera do universo de Elias.
Elias, sem perceber porquê, tinha perdido o ânimo pela vida. Os encontros com Sandrina eram uma espécie de martírio. Depois do episódio com a bola de
naftalina ,Elias tinha pouca vontade de tocar naquele corpo bafiento, do qual a qualquer momento poderia sair uma peça de artilharia completamente improvável. Mas a verdade é que Sandrina andava mais assanhada que nunca. Quando apanhava Elias amarfanhava - o nos cantos da universidade. Desabotoava a camisa e parecia não ter vergonha de exibir os seus mamilos peludos. O mesmo acontecia quando desabotoava as calças e exibia umas virilhas tão abundantes de pelo que lhe desciam até metade da coxa. (nestas alturas Elias lembrava-se dos desenhos da Walt Disney que Carrapita fazia nas suas zonas púdicas, com pouco pelo e muita cor) Estas sessões com Sandrina davam a Elias a sensação de que não sabia se tinha estado com uma mulher, ou com um polícia da régua.
Mas a verdade é que o casório já estava marcado
Mas a prosperidade económica de ambas as famílias começava a revelar algumas fragilidades.
A ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) cada vez exigia maiores contribuições da loja de relicários e o artigo vendia-se cada vez menos.
O ROC (Revisor Oficial de Contas) da empresa do pai de Sandrina anunciara a proximidade da falência!
Por outro lado o stand de automóveis do pai de Elias vendera (por engano, evidentemente) três ou quatro carros topo de gama que tinham sido fanados. A polícia tomara conhecimento (através de uma denúncia anónima encomendada por Zé Sapateiro) e calar a polícia ia custar ao pai de Elias uma fortuna (a moina de Valbom era, na época, muito exagerada nos pedidos ).
Pôr o casarão da família à venda parecia a única solução.
Mas ocorreu ao pai de Elias falar com o pai de Sandrina dado o facto de serem praticamente família.
Fez-se ao caminho para Braga e foi pedir ajuda ao Sr. Firmino dos relicários.
O que o pai de Elias pretendia de Firmino era que este lhe arranjasse uma cunha para que o Bispo do Porto lhe alugasse uma casa barata, a título provisório, das mais de mil que a SCMP (Santa Casa da Misericórdia do Porto) possuía. Firmino dos relicários disse-lhe que precisava de cunhas era para ele. E que tencionava inclusivamente pedir dinheiro ao pai de Elias para travar a falência da Loja dos relicários.
Palavra puxa palavra e a discussão azedou. O pai de Elias acabou com um crucifixo nos cornos arremessado por Firmino, que o fez sangrar tanto que até o atacante se benzeu. O auspicioso matrimónio ficou, com este episódio, em estado periclitante.

Próximo Semana: A questão mantêm-se – Elias casa com quem?

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